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Operação “RESPOSTA” é deflagrada na região |
A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da 4ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (4ª DIN/DENARC), deflagrou, na manhã desta terça-feira, a OPERAÇÃO RESPOSTA, destinada ao cumprimento de 24 mandados de prisão preventiva e 34 mandados de busca e apreensão, no âmbito de investigação que apura a atuação de organização criminosa estruturada, voltada ao tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro, com atuação em municípios da Região Noroeste, Região Metropolitana e interior do Estado.
DA INVESTIGAÇÃO
Segundo a Delegada de Polícia Titular da 4ª Delegacia de Polícia de Investigação do Narcotráfico, Ana Flávia Leite, a investigação teve origem a partir dos desdobramentos da Operação Leviatã, deflagrada em 2024. Naquele contexto, foram apreendidas aproximadamente 1,8 tonelada de maconha, fato que motivou o aprofundamento das diligências investigativas.
As análises subsequentes permitiram identificar a atuação de uma estrutura logística e financeira organizada, responsável, no período aproximado de dois meses, pela movimentação de mais de 8 toneladas de maconha, 200 kg de cocaína e aproximadamente 400 kg de crack, destinadas à distribuição em diversas regiões do Estado.
A estimativa econômica dessas operações ilícitas indica que o grupo movimentou mais de R$ 25 milhões no mercado clandestino de entorpecentes no período analisado, evidenciando elevada capacidade operacional e financeira.
No dia 27/06/2024, foram cumpridos 86 mandados de prisão e 147 mandados de busca e apreensão, decorrentes da continuidade das investigações. Durante o cumprimento dessas medidas, uma residência, localizada em Lajeado do Bugre, identificada como ponto de armazenamento e circulação de valores e substâncias ilícitas foi alvo de diligência policial. As equipes foram recebidas com disparos de arma de fogo, circunstância que reforçou o alto potencial ofensivo e a periculosidade da estrutura investigada.
Na ocasião, houve a prisão em flagrante do indivíduo responsável pelos disparos, bem como a apreensão de armamento e munições, confirmando o uso de estrutura armada para resguardar o funcionamento da atividade criminosa.
A partir desse episódio, teve início a OPERAÇÃO RESPOSTA, voltada à repressão qualificada ao braço desta organização criminosa a que se integravam os dois investigados envolvidos nos disparos.
A análise de dados telemáticos e financeiros permitiu identificar três núcleos estruturados e interligados: logístico, responsável por receber, armazenar e distribuir entorpecentes; financeiro, voltado à movimentação e ocultação de valores ilícitos mediante fracionamento, contas de passagem e uso de interpostas pessoas e empresas de fachada; e prisional, de onde partiam orientações e deliberações estratégicas, mesmo com integrantes recolhidos.
Os elementos apurados indicam articulação direta com indivíduo custodiado em unidade prisional federal, que exercia influência hierárquica na definição de diretrizes do grupo. Há indícios de que integrantes da estrutura tenham atuado na execução de homicídio de agente político municipal e no planejamento de atentado contra magistrada, fatos já investigados em procedimentos próprios, reforçando a utilização da violência extrema como instrumento de controle e coerção, com potencial de impacto sobre a ordem pública.
Também foram constatadas práticas sistemáticas de contravigilância, como troca frequente de aparelhos, segmentação de comunicações e alteração de rotas, demonstrando planejamento e profissionalização do grupo. No campo financeiro, verificou-se a conversão de valores ilícitos em bens e patrimônio incompatíveis com renda declarada, além de movimentações fracionadas e circulares entre contas de pessoas físicas e jurídicas sem atividade econômica real, bem como o uso de empresas de fachada para dissimulação contábil e integração de capital, caracterizando lavagem de dinheiro em fase estruturada.
DA FASE OPERACIONAL DA OPERAÇÃO RESPOSTA
Na manhã desta terça-feira, 11/11/2025, a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da 4ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (4ª DIN/DENARC), deflagrou a fase operacional da OPERAÇÃO RESPOSTA, com o objetivo de dar cumprimento às medidas cautelares deferidas pelo Poder Judiciário.
Ao todo, foram expedidos 35 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, direcionados a endereços identificados como vinculados aos núcleos logístico, financeiro e prisional da organização criminosa investigada.
As ordens judiciais foram cumpridas de maneira simultânea nos municípios de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Lajeado do Bugre, Rosário do Sul, Canoas, Charqueadas e Porto Alegre, além de localidades rurais adjacentes utilizadas como pontos de armazenamento e circulação de entorpecentes.
A ação contou com o efetivo de 185 policiais civis, distribuídos em 74 viaturas, garantindo a execução coordenada e a ocupação simultânea de pontos estratégicos.
Os resultados operacionais serão consolidados ao longo do dia, incluindo prisões realizadas, materiais apreendidos e valores localizados, os quais serão incorporados ao conjunto probatório e à continuidade das investigações.
DECLARAÇÕES
O Diretor do DENARC, Delegado de Polícia Carlos Wendt, afirmou: “A OPERAÇÃO RESPOSTA representa a continuidade de uma política de enfrentamento qualificado ao crime organizado, estruturada na articulação intersetorial e na descapitalização das estruturas criminosas. O foco é atingir a organização em sua base econômica, logística e diretiva, impedindo sua capacidade de regeneração e rearticulação”.
O Diretor de Investigações do DENARC, Delegado de Polícia Alencar Carraro, destacou: “A investigação evidencia que o narcotráfico opera em redes estruturadas, com divisão de funções, sistemas de comunicação próprios, mecanismos de lavagem de ativos e capacidade de interferência em dinâmicas locais. A resposta estatal precisa ser contínua, técnica e articulada, como vem sendo desenvolvido pelo DENARC em todo o Estado.”
A Delegada de Polícia Titular da 4ª Delegacia de Polícia de Investigação do Narcotráfico, Ana Flávia Leite, responsável pela investigação e pela coordenação da fase operacional, declarou: “A operação de hoje decorre de meses de investigação minuciosa, que permitiu mapear funções, fluxos e comandos internos, bem como a estrutura de financiamento e sustentação da atividade criminosa. O objetivo é interromper a atuação do grupo, retirar sua capacidade operacional e restabelecer a segurança e a ordem nos territórios afetados”.
A operação ocorreu no âmbito da Operação NÁRKE, coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp/MJSP, que visa integrar as forças de segurança pública na prevenção e repressão qualificada ao tráfico de drogas em todas as unidades da federação.
DISQUE-DENÚNCIA DO DENARC
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